Produção industrial tem alta de 0,3% em março, diz IBGE

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A produção da indústria brasileira cresceu 0,3% em março de 2022 frente a fevereiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, o indicador teve alta de 0,7%.

O desempenho de março ficou acima da mediana das estimativas de 26 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de um aumento de 0,2%, livre dos efeitos sazonais. As projeções iam de queda de 0,9% a aumento de 1,1%.

Na comparação com igual mês em 2021, a produção industrial caiu 2,1% em março. Por essa base de comparação, a expectativa mediana do mercado era de que o indicador tivesse recuado 2,8% conforme levantamento do Valor Data. O intervalo das estimativas ia de retração de 5,3% a recuo de 0,4%.

O IBGE informou ainda que, no primeiro trimestre, a produção industrial recuou 4,5% frente a igual período de 2021, mas avançou 0,3% em relação aos últimos três meses do ano passado.

Das quatro grandes categorias do setor industrial pesquisadas pelo IBGE, três tiveram alta na atividade em março, frente a fevereiro.

O melhor desempenho foi de bens de capital, com alta de 8% em março de 2022 em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2021, a produção subiu 4,4%.

Já a produção de bens intermediários apresentou aumento de 0,6% na passagem entre fevereiro e março. Na comparação com março de 2021, a atividade de bens intermediários recuou 2,2%. A categoria representa 55% da indústria.

A produção de bens duráveis, por sua vez, subiu 2,5% em março de 2022, frente a fevereiro. Na comparação com igual mês de 2021, o indicador teve queda de 12,8%.

A única exceção foi o resultado de bens semi e não duráveis, de recuo de 3,3% em março frente a fevereiro. Na comparação anual, com março de 2021, houve queda de 1,2%.

Resultado trimestral

A indústria brasileira teve uma alta de 0,3% de sua produção no primeiro trimestre de 2022, frente ao quarto trimestre de 2021. É a primeira variação positiva após quatro trimestres de quedas na série com ajuste sazonal, em que se compara o desempenho de um trimestre frente ao trimestre imediatamente anterior.

“É o primeiro crescimento após taxas negativas trimestrais em todo o ano de 2021”, diz André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

Ao longo do ano passado, as quedas foram de 1% no primeiro trimestre, 2,9% no segundo trimestre, 1,8% no terceiro trimestre e 0,1% no quarto trimestre, sempre na comparação com o período imediatamente anterior. No quarto trimestre de 2020, último com taxa positiva, a produção teve alta de 4,5%.

Na comparação anual, no entanto, a indústria segue em retração e teve recuo de 4,5% no primeiro trimestre. É o terceiro trimestre seguido de taxas negativas (-1,1% no terceiro trimestre e -5,8% no quarto trimestre.

Com o desempenho de março, que também foi de alta de 0,3%, o patamar de produção da indústria brasileira se encontra 2,1% abaixo do que era observado antes da pandemia, em fevereiro de 2020.

Fonte: Aço Brasil