PIB do Brasil cresce 1% no primeiro trimestre de 2022

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O primeiro trimestre de 2022 foi de crescimento da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 1% no primeiro trimestre do ano, ante os três meses antecedentes, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira as Contas Nacionais Trimestrais mais recentes.

O desempenho da economia brasileira no período foi puxado por serviços, com a retomada das atividades presenciais no setor. Os serviços representam 70% do PIB do país.

O resultado veio em linha da mediana das estimativas de 82 consultorias e bancos ouvidos pelo Valor, que apontava para crescimento de 1% no período, na série com ajuste. As projeções iam de queda de 1,1% a alta de 2,6%. Ao todo, quase metade dos respondentes apostavam em taxas maiores que a mediana de 1%.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o PIB teve expansão de 1,7%, também em linha com a expectativa dos analistas consultados pelo Valor.

O IBGE revisou o crescimento do PIB do quarto trimestre de 2021, de 0,5% para 0,7%.

Oferta
Pelo lado da oferta, a indústria cresceu 0,1% de janeiro a março, em comparação com o quarto trimestre de 2021, resultado que veio abaixo da expectativa de avanço de 0,4% apurada pelo Valor. Frente ao primeiro trimestre de 2021, a indústria recuou 1,5%, mais do que o projetado pelo mercado, que era queda de 1%.

O setor de serviços teve expansão 1% no primeiro trimestre, ante o trimestre imediatamente anterior. A mediana das estimativas apurada pelo Valor era de alta de 1%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, houve avanço de 3,7%, sob influência da base de comparação baixa. A mediana das estimativas ouvidas pelo Valor neste caso era de 3,3%.

Já a agropecuária caiu 0,9%, contrário à mediana das projeções coletadas pelo Valor, de um aumento de 1%. Ante o desempenho de igual período de 2021, a queda foi de 8%. A expectativa mediana pelo Valor Data era de decréscimo de 3%.

Demanda
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,7% no primeiro trimestre de 2022, perante os três meses anteriores, feito o ajuste sazonal. A mediana das expectativas coletadas pelo Valor era de um crescimento de 1%. Frente ao primeiro trimestre de 2021, o indicador teve alta de 2,2%, enquanto o mercado projetava aumento de 2,5%.

A demanda do governo, por sua vez, aumentou 0,1% e a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas, construção civil e pesquisa) diminuiu 3,5% na passagem do quarto trimestre de 2021 para os três primeiros meses de 2022.

Analistas consultados pelo Valor estimavam alta de 0,3% para o consumo do governo e estabilidade (0%) para a formação bruta de capital fixo, medida de investimento dentro do PIB.

Em relação a igual período de 2021, o aumento nos gastos da administração pública foi de 3,3%. Neste caso, a mediana das expectativas ouvidas pelo Valor era de 1,6%.

Setor externo
As exportações cresceram 5%, enquanto as importações tiveram baixa de 4,6% no primeiro trimestre de 2022, ante o trimestre final do ano anterior.
Consultorias e instituições financeiras esperavam, segundo a mediana, alta de 6% para as exportações e aumento de 0,4% para as importações.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, as exportações tiveram avanço de 8,1%, ante expectativa de crescimento de 8,7%, e as importações diminuíram 11%, em meio à previsão de recuo de 3%.

Fonte: Aço Brasil