Monitor do PIB da FGV mostra expansão econômica de 1% no 3º trimestre

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O Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 0,4% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto, apontando um avanço de 1% no terceiro trimestre em relação ao período de abril a junho. Os dados fazem parte das estimativas do Monitor do PIB, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e divulgado nesta quinta-feira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publica suas Contas Nacionais Trimestrais na sexta-feira da próxima semana, dia 30.

Segundo a FGV, trata-se da sétima taxa trimestral positiva consecutiva desde o fim da recessão. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, na série sem ajuste sazonal, a taxa foi de 1,7%. Nessa comparação, todos os componentes do PIB, tanto pela ótica da oferta quanto pela da demanda, apresentaram resultados positivos, à exceção da Construção.

Na comparação com o mesmo período de 2017, o PIB calculado pela entidade apresentou crescimento de 1,7%, entre julho e setembro. Os destaques, pela ótica da oferta, foram os desempenhos da agropecuária (4,2%), da transformação (1,8%), da eletricidade (1,8%) e todos os componentes de Serviços, que apresentaram taxas superiores a 1%, à exceção da Administração Pública, que cresceu 0,6%. Na comparação contra o trimestre imediatamente anterior, a atividade econômica aumentou 1%. Nessa comparação, as únicas taxas negativas foram as da Extrativa Mineral, Eletricidade e Outros Serviços.

O consumo das famílias subiu 1,7% no terceiro trimestre, comparativamente ao mesmo intervalo em 2017. Todos os bens de consumo continuaram crescendo, menos Semiduráveis: o consumo de bens não duráveis aumentou 0,3%, o de duráveis teve alta de 6,3% e o de serviços, 2%. Semiduráveis, por sua vez, tiveram baixa de 0,7%.

Já a formação bruta de capital fixo (FBCF, um indicativo de investimentos) aumentou 7,7% no terceiro trimestre, ante um ano antes. Esse resultado, conforme a FGV, deve-se principalmente à incorporação das plataformas de petróleo no cálculo: enquanto o componente de Máquinas e equipamentos nacionais subiu 16,8%, os equipamentos importados tiveram alta de 45%.

Após alcançar o ápice de 24,2% em outubro de 2013, a taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, declinou sistematicamente até o início de 2017 e, no mês de setembro foi de 17,4%, apontou a fundação.

A exportação calculada pela FGV dentro do PIB apresentou crescimento de 3,2% no terceiro trimestre, comparativamente ao mesmo trimestre em 2017, continuando sua trajetória ascendente, revertida em maio. O destaque positivo deve-se ao desempenho da exportação dos produtos da agropecuária (10,8%) e da extrativa mineral (17,4%). A exceção de bens de capital, todos os produtos industrializados tiveram resultados negativos, fazendo com que o agregado deste componente apresentasse taxa de -1,8%.

Já a importação registrou expansão de 14,6% no terceiro trimestre, ante um ano antes. Todas as categorias de bens tiveram desempenho positivo, com destaque para produtos agropecuários (11,8%) e para os produtos da extrativa mineral (17,8%). A exceção ficou com Serviços (-3,7%).

Em termos monetários, o PIB acumulado em 2018 até setembro, em valores correntes, alcançou a cifra estimada em R$ 5,2 trilhões.

Fonte: Aço Brasil