Fórum de infraestrutura da Construir Rio debate meio ambiente e saneamento

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aterro-do-flamengo-rio-de-janeiro-2009-size-598[1]Fonte: PINIweb

Evento também discutiu prevenção contra desastres naturais, as condições atuais dos aterros sanitários e as carências das cidades brasileiras perante a legislação em vigor

As ações prioritárias para prevenção contra desastres naturais, os desafios da universalização do sistema de saneamento, as condições atuais dos aterros sanitários e as carências das cidades brasileiras perante a legislação em vigor foram debatidos ontem no Fórum de Infraestrutura da Feira Construir Rio, realizado na última semana no Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

No evento, o gerente de meio ambiente e melhores práticas da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública, Eleusis Di Creddo, afirmou que a falta de projetos qualificados é um dos principais empecilhos para o atendimento, em 2014, das metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. “Os municípios brasileiros não possuem a cultura de criar projetos para esse fim. O Governo Federal tem verba para repassar, mas não consegue disponibilizá-la pela ausência de procura das próprias cidades, que não têm projetos”.

A concessionária Ecovias apresentou seu Plano de Atendimento e Emergências (PAE), desenvolvido para o enfrentamento dos fenômenos climáti cos que impactam o sistema Anchieta-Imigrantes, a exemplo do ocorrido em fevereiro de 2013, quando um deslizamento de terra levou à morte uma pessoa e atingiu 24 veículos, causando pontos de bloqueios totais ou parciais nas estradas. O plano da Ecovias aborda questões de ações operacionais, atendimento ao usuário e às pessoas, remoção de material e limpeza e plano de gerenciamento de comunicação de crises.

De acordo com a diretora do núcleo de previsão do tempo e clima, Patrícia Madeira, “a quinta razão para adiamento de obras é a questão dos raios, que danificam equipamentos e podem causar tragédias como óbitos de funcionários”.

O fórum apresentou também soluções tecnológicas desenvolvidas por fornecedores para atender a demandas de infraestrutura urbana, a exemplo do purificador de água da H2Life, utilizado para tratar a água poluída durante as chuvas que assolaram Xerém, distrito de Duque de Caxias, neste ano; o asfalto vermelho utilizado pela Odebrecht no corredor expresso que liga a Barra a Santa Cruz, no Rio de Janeiro; novos modelos de veículos de transporte da Mercedes-Benz e o sistema de iluminação com lâmpadas LED da Philips, aplicado na Avenida Paulista, em São Paulo, e no Terminal Alvorada, no Estádio do Maracanã e em obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Obras estruturantes, de grande vulto, tiveram espaço no Fórum. A empresa URBS apresentou o sistema de BRT de Curitiba, os índices de desempenho do empreendimento, as obras de expansão e sua integração com a rede de transporte metropolitano da capital. O projeto do VLT de Santos (SP) foi detalhado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que pontuou as vantagens em velocidade e número de passageiros transportados, em comparação ao ônibus urbano.