FGV reduz previsão de crescimento do PIB da construção para 2% em 2013

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i395186[1]Fonte: PINIweb

Em janeiro deste ano, previa-se uma expansão de 4% para o setor. CBIC também diminui sua expectativa

A coordenadora de Projetos da Construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo, anunciou nesta semana a redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da construção para 2% em 2013. A estimativa vem caindo desde janeiro, quando se acreditava em uma expansão de 4% para o setor.

Entretanto, para a economista, o cenário econômico do país é menos pessimista que o apontado pela deterioração das expectativas dos empresários do setor. Em junho, a renda continuava registrando aumento de 2,5%, o mesmo percentual de junho de 2012. O emprego segue crescendo, embora em ritmo menor, e a taxa de desocupação na economia mantém-se em 6% desde 2011.

Em comparação a 2012, Ana mostrou a desaceleração do desempenho de diversos indicadores da construção no primeiro semestre deste ano, no entanto. Segundo índices da FGV, o emprego cresceu 1,35%, contra 8,4% em 2012; o pessoal ocupado caiu 2,33% em 2013, contra elevação de 4,8% no ano passado; já o consumo de cimento estável foi de apenas 0,22%, já em 2012, o índice apresentou um aumento de 8,5%; o consumo de vergalhão, por sua vez, apresentou queda de 2,42%, contra elevação de 14,2% em 2012; por fim, a produção de materiais de construção aumentou 1,81%, contra 2,2% no ano passado.

Outra a reduzir a previsão do crescimento do PIB da construção foi a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A entidade também divulgou nesta semana que a sua projeção para este ano caiu de 4% para 3%. Segundo a CBIC, o motivo para esta redução é a lentidão das obras públicas de infraestrutura, somada ao menor volume de lançamentos imobiliários entre 2012 e 2013.

Em entrevista à Agência Estado, o presidente da CBIC, Paulo Simão, disse que apesar da aceleração das obras voltadas para a Copa do Mundo, há muitos atrasos nos projetos de concessões e leilões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. “Ano passado, muitos leilões foram revistos e atrasaram. Então não vão dar resultados para o PIB neste ano”, acredita.

Para 2014, o executivo se diz otimista. A perspectiva da CBIC para o setor de infraestrutura é que ocorra um aumento gradual dos investimentos, tendo em vista que o Ministério da Fazenda prevê a movimentação de R$ 470 bilhões com projetos de logística, energia elétrica e petróleo e gás em 2014. “Se todos esses leilões forem atendidos, acredito que vamos contratar um volume grande de obras, com efeitos (no PIB da construção) em 2014”, avaliou.