Demanda interna por bens industriais cresceu 5% em julho, aponta o Ipea

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Rio de Janeiro – O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais aumentou 5% de junho para julho, na série com ajuste sazonal. O índice, definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações, foi divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O resultado positivo vem depois de uma alta de 4,4% no mês anterior, porém o trimestre móvel encerrado em julho fechou com queda de 8,3%. A produção interna destinada ao mercado nacional aumentou 5,4% em julho e as importações de bens industriais caíram 2,2%.

Na comparação com o mesmo período de 2019, a demanda interna por bens industriais diminuiu 12,1% em julho, fechando o trimestre móvel com queda de 15,7%. No acumulado de 12 meses, o indicador da demanda apresenta queda de 5,5% e a produção industrial diminuiu 5,7%.

Entre as grandes categorias econômicas houve bom desempenho em julho, na comparação dessazonalizada, com destaque para a demanda por bens de consumo duráveis, que avançou 27% na margem. Os bens de capital cresceram 5,8% e a indústria geral de transformação avançou 6,3%. O segmento de bens intermediários teve a segunda alta seguida, de 4,2%.

Na comparação anual, todos os grupos apresentaram queda. Em relação a julho de 2019, a indústria geral caiu 12,1%, sendo que a extrativa mineral registrou queda de 34,0%. A demanda por bens de consumo duráveis diminuiu 34,9% e por bens de capital diminuiu 14,2%.

Na comparação dessazonalizada, as classes de produção acompanharam o bom desempenho das grandes categorias econômicas. A demanda interna por bens da indústria de transformação avançou 6,3% na comparação mensal e a extrativa mineral recuou 18,2% na margem, após forte crescimento de 58,3% em junho.

Entre os 22 grupos setoriais, 17 segmentos contribuíram para o aumento do índice de difusão para 77%, ante os 73% de junho. O indicador mede a porcentagem dos segmentos da indústria de transformação com a alta  em relação ao período anterior, após ajuste sazonal. Os destaques foram os segmentos de veículos (37,7%) e o de máquinas e equipamentos (23,2%).

Mas o resultado ainda é negativo na comparação anual, com aumento em apenas cinco segmentos ante o mesmo período de 2019. Os destaques foram para os segmentos de metais e de alimentos, que registraram alta de 3,9% e 0,9%, respectivamente. (ABr)

Fonte: Aço Brasil