Confiança da indústria sobe pelo 2º mês seguido, aponta FGV

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Na média móvel trimestral, o índice avançou 1,0 ponto, após oito quedas consecutivas. “Após recuar 13 pontos entre julho e março, o ICI sobe pelo segundo mês seguido e se aproxima do nível neutro de 100 pontos”, diz Aloisio Campelo Jr., economista do FGV Ibre, em comentário no relatório.

“Houve aumento da satisfação em relação à situação corrente dos negócios, com avalições bastante favoráveis quanto ao nível atual da demanda externa. O Índice de Expectativas cresceu de forma disseminada entre os setores, mas a magnitude da alta foi influenciada ela recuperação expressiva do otimismo entre os produtores de não duráveis. No extremo oposto, a única categoria de uso a registrar aumento do pessimismo no mês é a de bens duráveis, uma cautela que está diretamente relacionada ao aumento gradual das taxas de juros”, detalha o economista.

Em maio, houve alta da confiança em 12 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,6 ponto, para 100,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,0 pontos para 99,0 pontos. Ambos retornam ao maior nível desde dezembro de 2021.

Entre os quesitos que integram o ISA, o melhor desempenho ocorreu no indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios, com alta de 5,1 pontos, para 103,7 pontos, maior nível desde outubro (106,2 pontos).

Após recuar 8,4 pontos em abril, o indicador que mede o nível de nível dos estoques subiu 1,8 ponto, para 97,9 pontos. Quando este indicador está abaixo de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).

Entre indicadores que integram o IE, o que mede a expectativa com a produção nos três meses seguintes foi o que mais influenciou na alta do ICI em maio, ao subir 5,4 pontos, para 100,5 pontos, o maior desde agosto de 2021 (101,2 pontos).

A parcela de empresas que preveem aumento da produção nos três meses seguintes subiu 6,2 p.p., alcançando 37,7% dos respondentes, enquanto a parcela das que preveem diminuir a produção manteve-se estável na faixa de 16,7%.

O indicador de tendência dos negócios para os seis meses seguintes recuperou 1,8 ponto dos 16,8 pontos perdidos entre julho de 2021 e março de 2022, fechando o mês em 94,6 pontos.

O otimismo em relação aos seis meses seguintes segue bem menor que a observada no horizonte mais curto, de três meses.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria aumentou 1,0 ponto percentual em maio, para 80,8%, o maior nível desde outubro de 2021.

Fonte: Aço Brasil