Confiança da indústria alcança maior nível desde agosto, aponta FGV

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A confiança da indústria registrou o maior nível desde agosto de 2018, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,8 ponto, para 99 pontos.

A confiança aumentou em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,8 ponto, para 98,8 pontos, na quarta alta consecutiva. Já o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 0,3 ponto, para 99,2 pontos.

O indicador que mede o nível dos estoques das empresas subiu 4,7 pontos, para 101,5 pontos, exercendo a maior influência para o avanço do ISA em fevereiro. A parcela das empresas que o avaliam como excessivo os estoques caiu de 11,3% para 9,9% e a proporção das que estão com estoques insuficientes subiu de 3,8% para 4,5% do total.

O indicador que mede a expectativa dos empresários em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes exerceu a maior influência para a queda do IE no mês ao recuar 2,4 pontos. Ainda assim, com 104,3 pontos, continua sendo o indicador com maior pontuação entre os seis quesitos integrantes do ICI.

Entre janeiro e fevereiro, a parcela de empresas que preveem melhora nos negócios recuou de 50,8% para 47,6%, enquanto a das que projetam piora subiu de 6,5% para 6,8% do total. No sentido contrário, o indicador que mede as expectativas para a produção nos três meses avançou pela segunda vez seguida. Após acumular seis quedas entre julho e dezembro de 2018. Ao avançar 2,2 pontos, alcançou para 97 pontos, melhor resultado desde setembro de 2018.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor subiu 0,4 ponto percentualem fevereiro, para 74,7%, a primeira alta desde setembro de 2018.

“Com a segunda alta no ano, a confiança industrial se aproxima dos 100 pontos, que refletem uma situação de normalidade, e sugere que o setor começa a se afastar do fraco segundo semestre de 2018. A alta de fevereiro foi determinada pela melhora das condições correntes, que veio acompanhada de acomodação das expectativas. Um destaque do mês foi a normalização dos estoques, o que facilitará o caminho para a retomada da produção industrial nos próximos meses. Mas há que se considerar também a preocupação do setor com a evolução da demanda externa, principalmente nos segmentos de duráveis e de bens de capital”, diz a FGV no relatório.

A pesquisa coletou informações de 1.056 empresas entre os dias 2 e 22 de fevereiro.

Fonte: Aço Brasil